Trajecto nº 2 - Europa de Centro-Leste:

          Este é um itinerário um pouco mais "aventureiro" que o anterior e passa por várias cidades para lá do antigo muro de Berlim. A duração ideal para este itinerário é de (pelo menos) 1 mês e para tal, pode usar um passe com essa duração, comprar um passe de 1 mês mais um outro de menor duração (por exemplo, 2 semanas ou um passe Flexi) ou então comprar um passe de 1 mês e pagar as viagens seguintes do seu próprio bolso - as viagens de comboio nestes países não costumam ser muito caras.
          Nesta região é bastante comum que funcionários de hostels ou até gente comum com quartos extra para alugar se encontrem nas estações de comboio à espera de turistas (geralmente, nas plataformas onde chegam os comboios internacionais) para os persuadir a ficar alojado no seu estabelecimento/quarto. Não tenha medo destas ofertas: se não tiver hostel reservado pode ser uma boa forma de ficar a conhecer um nas redondezas sem ter que perder tempo à procura e se ficar alojado na casa de um cidadão local tem o extra da experiência inter-cultural. Como sempre, use o seu instinto e senso comum para discernir se uma oferta é genuína. Caso prefira ir em viagem com alguns dos hostels planeados, pode pesquisá-los e reservá-los aqui.
          Relativamente à segurança, estes países são tão ou mais seguros do que qualquer país da Europa ocidental, não havendo motivo para ter medo de aventurar por estes lados. Se usar o seu bom-senso, diria até que as probabilidades de ser roubado ou enganado (por carteiristas e outros malandros) são menores do que em cidades como Paris ou Londres. No caso da Bósnia e Herzegovina: este é um país seguro mas não é recomendado o campismo fora de zonas assinaladas por ainda existirem minas dos conflitos armados da década de 90. No entanto, como muito provavelmente não irá para zonas rurais ou remotas, o risco é mais do que reduzido. Visite a lista de países do Portal das Comunidades Portuguesas para informações actualizadas sobre a segurança em cada país.
          É recomendável que leve passaporte para países como a Bósnia e Herzegovina, a Sérvia, a Croácia e Montenegro (embora as regras possam mudar entretanto).

         A viagem inicia-se em Berlim, ainda que esta cidade não faça propriamente parte do trajecto em si. Pode apanhar um voo barato de Portugal até lá (poupando assim muito tempo) ou fazer o percurso de comboio (conte com pelo menos 2 ou 3 dias para lá chegar). Caso não conheça a cidade, vale bem a pena perder um ou dois dias por lá, mas se estiver com vontade de conhecer alguns países um pouco mais diferentes pode passá-la à frente.
         Berlim tem ligações ferroviárias para a Polónia. Nesta rota, sugere-se que apanhe um comboio até Poznań - uma pequena mas encantadora cidade da região ocidental da Polónia. Mal se chega à Polónia, e se é a primeira vez que visita um país mais oriental do que a Alemanha ou a França, sente-se uma vibe diferente da dos restantes países Europeus. Nota-se também uma diferença agradável nos preços a comida e o alojamento (recomenda-se o Melody Hostel, pela relação qualidade-preço) são bastante baratos e a qualidade não diminui de todo. Poznań tem um centro histórico muito bonito, assim como diversas igrejas que merecem a sua visita.

Centro histórico de Poznań

         Após a sua primeira incursão pela Polónia, pode apanhar um comboio noturno até Cracóvia. Cracóvia foi durante séculos a capital da Polónia e possui um dos mais belos centros históricos do mundo e bastantes monumentos, sendo o seu castelo para muitos a cereja no topo do bolo.

Centro de Cracóvia

         Pode ainda usar Cracóvia como uma "base" para explorar outros locais relativamente próximos:

         - Por um lado, pode visitar os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau: sem dúvida um dos testemunhos mais negros de toda a história da humanidade. É possível chegar lá de comboio (da paragem Oświęcim é fácil de chegar aos campos em pé) e evitar essas "tours guiadas com tudo incluído" que partem de Cracóvia pois estas, para além de lhe esvaziar a carteira, são por vezes de muito mau gosto por tentarem considerar os campos de concentração como "apenas mais um interesse turístico" no mapa, quando na verdade estes devem ser locais de reflexão. Se for um adolescente com febre de tirar mais uma "selfie" no campo de concentração, então essas tours deverão ser o ideal para si. Se quiser experenciar o país e aprender a história do local, vá você mesmo e uma vez no campo compre um livro ou arranje um guia.

Entrada para o campo de Auschwitz com o slogan nazi "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta)

         - Em conjunção ou em alternativa pode visitar as minas de sal de Wieliczka (à distância de uma viagem de autocarro desde Cracóvia). O bilhete de entrada pode parecer caro mas a presença de guia é obrigatória (caso contrário perder-se-ia no labirinto que são estas minas!) e a experiência vale bem a pena. Passará por um lado subterrâneo, por uma igreja onde tanto o chão como todas as esculturas foram cravadas pelos mineiros a partir de sal e no final subirá num elevador mineiro até à superfície. Não recomendado a quem sofrer de claustrofobia ou não se sentir confortável sabendo que se encontra a mais de 50 metros de profundidade.

As minas de sal de Wieliczka podem chegar aos 327 metros de profundidade
e ter  mais de 287 Km de comprimento total. O percurso turístico, no entanto, tem cerca de 3 Km
a mais ou menos 65 metros de profundidade.

         Da antiga capital Polaca pode apanhar um comboio noturno até à bela cidade de Praga. Como sabe, ao usar um comboio noturno gasta perto do mesmo dinheiro que gastaria num hostel com a vantagem de que faz a viagem durante o sono ficando com mais tempo para explorar as cidades.
         Praga (veja o Dizzy Daisy Hostel) é uma cidade fantástica com muito para ver, desde o seu centro histórico (Staré Město) de telhados pontiagudos até ao castelo, palácio e até uma torre que parece imitar a torre Eiffel (torre de Petřín). A isto pode-se facilmente juntar boa comida, muita cerveja e diversão noturna q.b.

Praga vista da Ponte Carlos

         Um comboio noturno pode levá-lo até Viena (o A&O Wien Hauptbahnhof fica perto da estação e tem tanto de Hostel como de Hotel), num regresso temporário à Europa Ocidental. Alguns sentem-se aliviados por ver as ruas um pouco mais limpas, enquanto outros se sentem desiludidos ao verem a conta da primeira refeição ou dormida - uns dias na Polónia e outros na República Checa chegam para o deixar mal habituado!

Palácio de Schönbrunn e coche

         Deixe-se seduzir pela classe, pela arte e pela arquitectura de Viena. Visite os palácios de Schönbrunn e Belvedere e não se esqueça de famosa catedral de S. Estevão.
         Quando se fartar, ou quando achar que já gastou demasiado dinheiro, salte para o próximo comboio com destino a Bratislava.
         Esta capital (assim como toda a Eslováquia) tem injustamente má fama. Filmes americanos, como o Hostel ou o Eurotrip, completamente ignorantes e alienados da realidade, retratam-na como um sítio horrível e perigoso. Não podiam estar mais afastados da realidade: o centro de Bratislava é compacto e um prazer de se visitar; e se tiver tempo para ir visitar as montanhas (Tatras) e os inúmeros castelos deste país (para além do da capital) ficará apaixonado.

Algures em Bratislava

         Siga para Budapeste, uma cidade que o fará sentir-se pequeno. Tudo nesta cidade tem dimensões monumentais (herança do império Austro-Húngaro), desde as fachadas dos edifícios até ao palácio de Buda e ao castelo de Peste. Se precisar de dormir perto de uma das estações de comboio, o Interflat Hostels & Apartments dispõe de camas confortáveis a um bom preço (embora consiga arranjar preços mais baixos se se afastar desta zona mais central).

"As noties de Budapeste; são noties de rock and roll."

         Com tanto para explorar certamente ficará cansado. Porque não fazer uma merecida pausa num dos tradicionais SPAs? Piscinas de água quente (interiores e exteriores) onde algumas pessoas se sentam para partidas de xadrez, jacuzis, banhos turcos, saunas seguidas de um banho em água fria... A entrada num destes SPAs é bem mais barata do que você julga e a experiência vale mesmo a pena.

Banhos medicinais de Széchenyi. À esquerda, reformados jogam xadrez.
Como alternativa tem o Gellert Spa.

         Abasteça-se de comida em algum supermercado e prepare-se mental e fisicamente para uma longa viagem até à capital da Eslovénia - o primeiro país a abandonar a antiga república da Jugoslávia em 1991, no início dos conflitos. Esta faz-se a um ritmo lento onde é possível apreciar as paisagens naturais e rurais.

A caminho da Eslovénia, verde esmeralda

         Ljubljana é uma cidade adorável à beira-rio. Pequena (na minha opinião, visitável em apenas um ou dois dias, mas certamente alguém discordará de mim) e com uma ambiência algures entre o Balcã (herança da antiga Jugoslávia) e o ocidental (resultado da proximidade com a Itália). Não deixe de visitar o castelo para uma vista panorâmica sobre a cidade.

Ljubljana, perto da conhecida "Ponte Tripla"

         Da Eslovénia segue-se para a primeira visita à Croácia (voltaremos cá dentro de uns dias!) - por agora visita-se a capital Zagreb. Na minha opinião esta não é uma cidade tão fascinante como algumas por onde este itinerário já passou mas ainda assim merece uma visita. Sem dúvida encontrará mais prazer em visitar Dubrovnik (por onde passaremos mais tarde) ou em Split.

Teatro Nacional da Croácia, em Zagreb.

A bandeira lusa na embaixada de Portugal na Croácia

         A viagem entre Zagreb e a capital Sérvia (Belgrado) é também longa (ais de 6 horas). Se não existir um comboio noturno entre estas duas cidades (à data, não existe) aproveite para ler um livro, ouvir música, meter conversa com os locais e relaxar. Belgrado - que ainda possui algumas cicatrizes dos bombardeamentos que a NATO efectuou em 1999 durante os conflitos do Kosovo - é uma cidade movimentada (alguns dirão um pouquinho caótica) e famosa pela sua vida nocturna. De dia, pode visitar o forte e a catedral de Belgrado.

Belgrado à noite. A caminho desta cidade o comboio
passará por uma zona de "Novi Beograd" (nova Belgrado) que
não tem muito bom aspecto. Não se assuste, Belgrado é uma cidade segura como qualquer outra.

Ruínas do antigo ministério Jugoslavo da defesa,
bombardeado em 1999

         Um comboio noturno (com camas em vez das tradicionais couchettes e bastante classe, diga-se!) leva-o até à Bucareste, na Roménia. Daí pode apanhar o primeiro comboio até à Transilvânia para visitar a acolhedora cidade de Brașov (veja o Gabriel Hostel para boas dormidas a um preço muito acessível).
         Tanto a cidade como os seus arredores são muito bonitos. O castelo de Bran, conhecido como "o castelo do conde Drácula" está à distância de uma curta viagem de autocarro e se perguntar aos empregados do hostel de certeza que o ajudam a chegar lá.

Brașov, na Roménia

No castelo medieval de Bran (Castelul Bran, em romeno)

         O regresso faz-se por Bucareste, cidade onde pode parar para uma visita. Esta é uma cidade monumental, gigantesca, com o maior e mais caro edifício civil em funcionamento - o Palácio do Parlamento - mesmo em frente a um enorme boulevard que podia muito bem situar-se em Paris (Bucareste foi em tempos apelidada de "a Paris do Leste"). Fora isso, não é uma cidade extremamente agradável nem interessante, especialmente depois de se ter visto as regiões mais campestres do país. Se não tiver interesse em conhecer esta cidade, pode passá-la à frente.

O colossal Palácio do Parlamento, em Bucareste

         A jornada continua apanhando um comboio noturno de volta a Belgrado, a partir de onde é possível apanhar um ou dois comboios até Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina. A Bósnia é ainda uma pérola relativamente escondida do turismo em massa, com uma cultura interessante (bastante influenciada pelo médio-Oriente), gente simpática, paisagens bonitas e, infelizmente, uma história bastante triste.

Crianças brincando, algures em Sarajevo

         Visite a Mesquita Gazi Husrev-beg, a igreja de S. António e a velha igreja Ortodoxa - edifícios de 3 religiões distintas, tão perto uns dos outros. Passeie pelo mercado antigo de Sarajevo e por momentos esquece-se que está na Europa. Veja a ponte Latina onde o assassinato de Franz Ferdinand deu origem à primeira guerra mundial. Quando estiver satisfeito, apanhe o comboio para Mostar. Tente fazer esta viagem durante o dia pois é, para muitos, um dos percursos ferroviários mais belos de toda a Europa.

Mostar, com a icónica ponte ao fundo: na minha opinião,
esta cidade é um dos pontos altos deste trajecto.

         Mostar é uma cidade magnífica. Pequena, mas com muita história, é atravessada por um rio com uma cor lindíssima e rodeada por uma paisagem de cortar a respiração. Visite a famosa ponte que dá o nome à cidade ("most" quer dizer ponte) e de onde alguns locais corajosos se atiram em troca de dinheiro. O rio é um prazer de se nadar no Verão. Visite também a mesquita Koski Mehmed Paša (por um preço simbólico, pode subir ao cimo do minarete para uma vista panorâmica da cidade).

Mostar, no crepúsculo

         Miran (o carismático dono do Hostel Miran) organiza excursões nas quais ensina sobre a história da cidade, em particular a guerra durante a separação da antiga Jugoslávia. Algumas das suas excursões, levam-no a pérolas da Herzegovina, escondidas da maioria dos turistas. Mesmo que não esteja interessado nas excursões este hostel tem carácter, boa localização e é barato (na altura, 10€ por noite!).

Em Mostar. A cultura ocidental da Europa mistura-se
com a herança Otomana.

         A partir daqui o desafio é ir onde nem todos os InterRailers vão e o próximo destino é Dubrovnik, a pérola do Adriático. Digo que poucos InterRailers vão pois durante uns dias não utilizará o comboio: Dubrovnik não tem estação de comboio, por isso pode apanhar um autocarro barato desde Mostar (a estação de autocarros é adjacente à de comboios).

Dubrovnik: apesar de se estar a tornar cada vez mais turística é
na minha opinião mais um dos pontos altos deste trajecto.

         Dubrovnik é já há algum tempo um local de grande interesse turístico. Acredito que, após a estreia da série "A Guerra dos Tronos" ("A Game of Thrones"), se tenha tornado ainda mais popular pois é aqui que se fazem grande parte das gravações passadas em "Porto Real" ("King's Landing"). Por ser tão popular, os preços do alojamento podem ser bastante inflacionados. Alguns donos de guesthouses esperam os turistas na estação de comboio e tentam persuadi-los a ficar no seu estabelecimento, aproveite e tente regatear o preço.

Nas muralhas de Dubrovnik.
Sem dúvida mais interessante do que Zagreb.

         Suba até às muralhas da cidade para uma vista que ficará para sempre na sua memória (vale bem o preço de admissão) e passeie pelo centro histórico de dia e de noite. Aproveite para fazer praia. Não se pode dizer que exista grandes areais - são praias rochosas - mas as águas do Mar Adriático são tão agradáveis que não dará pela falta.

A cor não engana. Esta água é do melhor que encontra na Europa.

         Compre um bilhete de autocarro para o próximo destino: Kotor, em Montenegro. A viagem de autocarro inclui uma travessia aquática onde o autocarro é levado por um ferry.
         Kotor é também uma cidade rodeada por uma muralha, tal como Dubrovnik, mas com um aspecto mais antigo que a faz parecer saída de um filme do Senhor dos Anéis. Explore a parte velha a cidade, visite a catedral ortodoxa (é interessante ver as diferenças entre Igrejas Católicas e Ortodoxas) e finalmente, se ainda tiver energia, suba (1350 degraus) até às fortificações/muralhas para uma vista panorâmica.

Zona histórica: a parte velha da cidade.

         Sacuda o pó da mochila pois está na altura de iniciar a viagem de regresso. De Kotor pode apanhar um autocarro até Bar, uma cidade portuária. No porto pode comprar uma passagem de ferryboat, preferencialmente durante a noite, até Bari (Itália). O bilhete destes ferryboats não está incluído no passe InterRail e não vale a pena pagar mais dinheiro para reservar uma cabine ou cama: compre um bilhete para o Deck do navio, arranje um canto confortável algures no navio e durma no chão, embalado pelas ondas do mar. A sua mochila ou um saco com alguma roupa fazem boas almofadas.
        (Se não achar que está na altura de voltar, aventure-se pela península abaixo! Apanhe um autocarro até à Albânia (à data, a Albânia não tem ligações ferroviárias internacionais) ou vá até à Bulgária. Entre pela Grécia adentro e vá passeando de ilha em ilha ou aventure-se pela Turquia! Tudo depende do tempo e dinheiro disponíveis. Porém, nesta sugestão de itinerário a viagem de regresso inicia-se agora por Itália...)

O ferryboat entre Bar (Montenegro) e Bari (Itália).
A viagem à noite poupa uma dormida e é interessante: estará em alto mar
sem conseguir ver nada senão escuridão à sua volta durante umas boas horas.
Para poupar nesta travessia (que pode custar mais de 60€ e não está incluída no passe)
compre um bilhete para o deck do navio e não reserve quarto/camarote.

         Chegando a Itália regressamos à rotina de InterRailer pois voltamos a usar comboios e o passe. Por isso trate de arranjar um comboio até à região da Toscana para visitar Florença, uma cidade que sem dúvida merece um par de dias - pelo menos - da sua viagem. Já que se encontra em Florença, pode fazer uma curta viagem até Pisa. Sinceramente, em Pisa, não acho que haja muito para ver para além da torre e até os milhões de turistas que lá vão para se acotovelar e tirar a "foto da praxe" devem concordar comigo. De qualquer modo, a torre é sem dúvida uma atracção que merece ser vista.
         Em termos de alojamento, os hostels são um pouco mais escassos do que nos países por onde passámos até agora mas há inúmeras guesthouses e vários hotéis de 1* a 3***. Como estas zonas são bastante concorridas por turistas, convém reservar o seu alojamento com antecedência, ou corre o risco de encontrar os hotéis mais baratos completamente lotados.

A ponte velha de Florença. Florença está cheia de turistas mas vale bem a visita.

Ainda não caiu...

Roma. Para quem não visitou: paragem obrigatória.
Para quem já visitou: considere uma segunda visita.

         Alternativamente, em vez de Florença e Pisa pode ir a Roma (veja o Trajecto nº 1 - Capitais do Ocidente para mais), uma das cidades mais carismáticas, culturais e interessantes da Europa.
         O trajecto termina aqui. Na minha opinião, este é um percurso bastante mais interessante do que o anterior. Não só a diversidade cultural é muito maior, como os preços são bem mais baixos. Os pontos altos do itinerário são sem dúvida Mostar, Dubrovnik, Praga, Kotor, Florença/Roma. Cracóvia e as duas visitas sugeridas (Auschwitz e as minas de Sal) são também muito interessantes. Se não dispuser de muito tempo, pode sem grandes remorsos passar Zagreb, Ljubljana e Bucareste à frente, deixando-as para futuras viagens. Viena pode também ser colocada de parte e em vez disso inserida num percurso de cidades ocidentais.
         Para regressar a Portugal pode apanhar um voo barato a partir de Itália ou fazer a viagem Itália-Suíça-França-Espanha-Portugal de seguida, como indicado no "Trajecto nº 1 - Capitais do Ocidente".